Patrícia Carvalho
Função: Head of Procurement
Empresa: Novartis
Membro da direção da APCADEC
O que mais a fascina na área de compras?
PC: Muita coisa!
A diversidade de processos, de clientes internos, de fornecedores e potenciais parceiros. Não existe um dia igual a outro! É uma área onde não encontramos monotonia e onde nos é dada a oportunidade de contactarmos com realidades muito variadas e enriquecedores.
O impacto que os processos negociais podem ter, não só na estrutura de custos da empresa, mas na própria empresa. Um processo negocial bem conduzido deverá levar a empresa a uma reflexão sobre os seus processos e perceber se os mesmos poderão ser optimizados.
O crescimento pessoal. A área de Procurement estratégico obriga-nos a um crescimento permanente não só do ponto de vista técnico, mas sobretudo, comportamental.
A área de Procurement estratégico obriga-nos a um crescimento permanente não só do ponto de vista técnico, mas sobretudo, comportamental
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Após estes anos de experiência o que teria feito de diferente na sua primeira negociação?
PC: A minha primeira negociação aconteceu por acaso, num projecto onde participei enquanto estava na área de Marketing, antes de iniciar o meu percurso nesta área de Procurement. Por que aconteceu por acaso, teve, certamente, muitos aspectos que hoje teria feito diferente tais como: uma melhor definição dos requisitos, a consulta a um número superior de potenciais parceiros, uma melhor negociação das condições financeiras...
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Patrícia Roxo
Função: Corporate Purchasing Manager
Empresa: The Navigator Company
Membro da direção da APCADEC
Qual a negociação que mais aprendizagem lhe trouxe?
PR: Não consigo apontar apenas uma. Em todas as negociações aprendo algo novo e trago resultados diferentes pelo que, em termos de enriquecimento pessoal e profissional, todas as negociações são um plus.
A postura perante a negociação das duas partes numa mesa de negociação é determinante no resultado que se obtém
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Quem é a sua referência na área?
PR: É curiosa essa pergunta. Nunca pensei muito nisso. Para ser completamente sincera eu não tenho uma referência. Eu vejo uma referência como uma norma, alguém que sirva de "exemplo a seguir" de "modelo a adoptar" e isso confesso que não tenho. Existem pessoas com quem me cruzei nestes 20 anos de compras, por quem tenho profundo respeito e admiração mas sobretudo pelo percurso profissional ou de vida que essa pessoa teve ou tem. Na área das Compras e Procurement inclusivamente. A admiração vai sempre pelo desenvolvimento que fez numa determinada organização e/ou pelo posicionamento que conseguiu alcançar sobretudo nesta área, das Compras, que foi durante muito tempo tão pouco valorizada.
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