A APCADEC realizou dia 28 de Junho de 2017 em Lisboa (VIP Executive Art’s Hotel), o Congresso Anual APCADEC tendo subjacente uma temática pertinente para todos os profissionais de Compras: "Futuro do Procurement: desafios e tendências".
O evento contou com a presença de oradores de referência e painéis-debate com responsáveis das principais Empresas e Instituições, que partilharam com todos os presentes as suas experiências e conhecimentos nesta temática.
Conclusões:
Intervenção inicial
Carlos Lourenço - Presidente APCADEC
Veja aqui as entrevistas e a galeria de fotos do congresso.
- Forte presença dos profissionais da área e das empresas.
- Ligar os resultados alcançados para as empresas e comunidade é essencial.
- Mais diálogo e soft skills como fator de melhoria.
- Compras por dimensão de empresa (estudo da Informa DB).
Intervenção:
"A importância das compras para a competitividade e internacionalização das empresas"
Luís Castro Henriques - Presidente AICEP
Veja aqui as entrevistas e a galeria de fotos do congresso.
- Fator muito importante para a competitividade – papel do procurement.
- Novo paradigma na economia portuguesa e aposta no mercado externo – carater estrutural.
- Papel do procurement e importância das centrais de compras para melhorar a margem.
- Relação entre empresas e fornecedores que criem parcerias para abrir o acesso a novos mercados.
- Disponibilidade da AICEP para apoiar as empresas nos seus processos de internacionalização.
Debate:
"O contributo da inteligência emocional no desempenho do Procurement"
Moderador: Luís Ferreira - Univ. Coimbra
Participantes: João Vaz da Silva - EY,
Francisco Machado - Big Partners,
João Pita Negrão - Deloitte,
Margarida Gonçalves - Leadership Business Consulting
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- Gestão de relacionamentos em culturas e ambientes muito diferentes dos nossos obriga a conhecer e perceber o “outro lado” (exs: foco no custo ou valor criado?; usar as estruturas de Portugal para acesso aos outros mercados “semelhantes” aos nossos – Palop’s)
- Skill fundamental do comprador: Saber gerir as equipas e negociações em contextos diferentes.
- Mundo cada vez mais global. Comprar num mundo mais global, digital e tecnológico.
- Saber gerir as expetativas dos colaboradores que agem em contextos diferentes (ex: salários). Criar espaços de comunicação entre os diversos “mundos” (social media).
- Áreas de procurement precisam de se afirmar internamente (vs. as áreas do negócio).
- Papel dos soft skills e não dar isso como adquirido. Tem de ser trabalhado e procurar desenvolver mais essas competências dos colaboradores (melhora a organização).
- Criar espaço para que a inovação “surja do lado” do procurement (reduzir as barreiras internas nas empresas).
Debate:
"A participação das mulheres nas áreas de Procurement"
Moderadora: Teresa Menezes - Informa DB
Participantes: Rebeca Abreu - BMW,
Alexandra Azevedo - Quay,
Patrícia Roxo - Navigator,
Alexandra Reis - Netjets
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- Estudo da Informa DB sobre a situação atual (só 2652 empresas têm diretores de compras, 41% na industria transformadora e 24% no setor Grossista). 20% são exercidas por mulheres, na Qualidade 59% e RH são 50%.
- Mulheres gerem de forma diferente e competências próprias. Num universo de homens!
- Pouco representatividade no procurement, mas vai mudar rapidamente.
- Tema cultural com interlocutores de outras geografias.
- Pouca atratividade da área do procurement. Como tornar mais sexy e captar talentos?
- Potenciar o conhecimento dos RH sobre a organização.
- Valorizar a “arte da negociação” e a teoria dos jogos. Procurar o Win – Win.
- Não existe formação superior / cursos de Negociação = falha a corrigir.
- Papel das compras sustentáveis – foco prioritário e não só a redução de custos.
- Resiliência no procurement é condição e igual em todos. Intuição é mais forte nas mulheres e ultrapassam rapidamente os conflitos. O resultado é melhor quando há equilíbrio / paridade. As quotas são condição necessária para forçar a paridade.
Debate:
"O papel do Procurement na ótica dos fornecedores"
Moderador: Luís Jorge - Achilles
Participantes:
Jorge Epifâneo - Reallife,
Rui Dias Ferreira - Vortal,
Jorge Delgado - Compta
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- Interesse dos canais digitais para o processo de procurement. Necessário ter uma visão holística do processo de negociação e compra.
- Processo negocial aberto, atempado e bem especificado = quase condição dos processos eletrónicos de procurement.
- Papel e contribuição da componente nacional para o aprovisionamento.
- Visão de longo de prazo como um desafio para cada Fornecedor e criar Parcerias.
- A relação de parceria visa sempre baixar os custos globais e completos (diretos e indiretos).
- Garantir processos completos de certificação e que sirvam os interesses dos Clientes e da Companhia.
- Melhor serviço entregue ao Cliente com remuneração justa. Dar foco ao TCO.
- Os Riscos são uma consequência da relação criada entre Cliente e Fornecedor. Gerir o risco como condição de serviço e garantia de sustentabilidade futura.
Intervenção:
"As novas estratégias e desafios organizacionais na área de Procurement"
Rui Rufino - Accenture Digital
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- Estudo Accenture 2017 sobre as tendências atuais no Procurement (eficiência).
- Papel do procurement para os benefícios estratégicos e resultados finais da empresa cada vez mais relevante.
- Impacto do Digital no procurement.
- Importância crescente das plataformas digitais (P2P, Eficiência, AI para Strategic Sourcing, Compliance, Ferramentas Analíticas).
- São 4 as tecnologias de condução para a mudança (cloud, analítica, internet das coisas, computação cognitiva).
- Organização virtualmente integrada para fora e nas áreas de atividade da Companhia, logo mais pequenas e integradas (na matriz do negócio). Exemplo: 50% dos RH estarão na parte da analítica e os RH no transacional serão residuais (automatismos).
- Haverá muitos fornecedores ativamente presentes na definição de novos produtos “dentro” da Companhia.
Intervenção:
"Impacto de novas formas de aquisição de TI's em resposta aos desafios do negócio"
Dennis Teixeira - HP Enterprise
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- No futuro, tudo terá capacidade computacional.
- Transformação Digital disruptiva em todas as indústrias. Papel liderante induzido pela Inovação.
- Ciclos de retorno muito rápidos. Flexibilidade é condição de adoção e papel da Cloud (pública inicial e que pode “retornar” a privada).
- Modelos alternativos à Cloud Pública (Modelo de pagamento por uso flexível de consumo).
- Pago por Uso flexível vai representar 50% dos consumos de infraestrutura física TI on ou off Premise.
Debate:
"Evolução das compras na área dos serviços gerais das empresas"
Moderador: Miguel Agostinho - APFM
Participantes:
Ricardo Silva - Leaseplan,
Guilherme Conde - Travelstore,
Miguel Morgado - Grupo8,
João Carriço - Adicional
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- Os FM e serviços gerais prestados às empresas são importantes na parte das compras e a sua contribuição não pode ser relativizada.
- É atual a dicotomia “Preço vs Value for Money”? Vertentes relevantes nem sempre têm o mesmo peso e ponderação. Já foi muito o custo e hoje olha-se para uma visão global. A avaliação do serviço global é crucial para a satisfação do Cliente.
- Eficiência e impacto na produtividade. Quais os limites possíveis a ter em conta na avaliação das propostas? O foco ainda é muito o preço.
- Conhecer os aspetos relevantes para o Cliente? Sim, mas é uma relação complexa e muito difícil de criar e manter. Deixar de ser Fornecedor e passar a ser Parceiro como objetivo do processo de integração e criação de valor.
- As disrupções vão trazer alterações na forma como se gerem os processos de procurement (soluções adaptadas às necessidades dos Clientes). Diferenciação e impacto da Tecnologia nos diversos ecossistemas vão ser estruturantes.
- Fidelizar os Clientes no futuro vai depender da relação de confiança entre as partes e capacidade de resolução dos problemas.